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Uma brigada pela preservação dos parques de Goiás

Após a temporada de combates, a Brigada Aliança realiza a manutenção e preservação das Unidades de Conservação do Estado de Goiás, em parceria com a Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável

Brigada Aliança no Parque Estadual Serra das Caldas (Fotos: Andressa Anholete)


A temporada de incêndios em Goiás foi repleta de ações e combates em unidades de conservação. A presença da Brigada Aliança em doze UCs no estado permitiu um desempenho ágil para contenção das chamas. Assim, o serviço prestado pelos brigadistas baseados em cinco polos de Unidades de Conservação de Goiás mostrou-se indispensável em 2021. Finalizada a temporada de combates, porém, há mais trabalho para eles.


“A presença da Brigada Aliança da Terra no Parque Estadual Serra das Caldas (PESCaN) é um divisor de águas em vários aspectos. Enquanto achávamos que precisava de brigadistas para o combate de incêndios florestais, a brigada da Aliança da Terra nos mostrou que o trabalho e a necessidade de uma instituição como a deles vão bem além disso”, relata Maurício Vianna Tambellini, analista ambiental e Chefe do PESCaN e Parque Estadual da Mata Atlântica.


Para manter a qualidade do trabalho, treinamentos são realizados com os colaboradores dos parques pela Brigada Aliança. Neles, os voluntários aprendem sobre ações de combate compreensivas e o relacionamento com donos de fazendas nos arredores das unidades de conservação. “Os brigadistas mostraram a importância de criar e ter o envolvimento com proprietários de dentro e do entorno do parque, para garantir o monitoramento, resposta e conscientização sobre o uso de fogo. Trazendo o beneficio de não usar o fogo e dando segurança aos proprietários de que, caso ocorra um incêndio, estes terão o apoio e poderão contar com ajuda para que não tenham grandes perdas em suas propriedades, pois o socorro virá e rápido”, reflete Maurício.




Além de responsável pelos combates e treinamentos de equipes voluntárias, a Brigada Aliança também faz a manutenção e preservação dos parques. “Fazemos a manutenção da sede, na estrutura do parque. Em época de chuva, limpamos as estradas. Damos algumas voltas nas trilhas pra ver se tá tudo certo. Passamos pelas estradas e na serra pra ver se tem algum galho caído”, conta Rildo Alves, líder da equipe baseada no PESCaN.


“Como o parque possui grande visitação devido ao uso público, algo interessante foi que mostraram que as trilhas já existentes poderiam ser parte de nossos aceiros e deram manutenção contínua nessas trilhas, o que garantiria o acesso mais rápido em áreas remotas, no caso de incêndios”, explica Maurício. A presença da Brigada também auxiliou na redução de atividades ilícitas e irregulares no PESCaN. “Isso fez com que as pessoas respeitassem mais as regras do parque, pois sempre que encontram alguém fazendo algo irregular, os brigadistas os orientam”, conta.


Para 2022, algumas brigadas serão relocadas para outros parques, mas a missão continua. “Vejo que é essencial para gerir uma unidade de conservação, mantermos brigadas como a da Aliança da Terra, de maneira permanente, em nossas unidades de conservação. Observo ainda que nunca vi e não existe em nosso país uma brigada de incêndios florestais que tenham o conhecimento, o preparo, o treinamento e a percepção concreta de sua missão, como vejo nos Guerreiros da Brigada Aliança”, finaliza Maurício.

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