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Foto do escritorDaiany Andrade

Um ano de resiliência, fortalecimento e conquistas

Esforço e superação marcam o amadurecimento da Brigada Aliança em um dos anos mais desafiadores para a gestão do fogo no Brasil


O ano de 2024 ficará marcado na trajetória da Brigada Aliança como um período de crescimento e fortalecimento. Enfrentando uma das secas mais severas das últimas décadas, a Brigada superou grandes desafios e reafirmou sua posição como referência nacional em prevenção e combate ao fogo.


Para Caroline Nóbrega, diretora geral da Aliança da Terra, o saldo do ano é claro: “Sem dúvida, a Brigada Aliança termina o ano de 2024 ainda mais forte do que começou. Acima de tudo, foi o ano de mostrar a sua força e a sua resiliência. Um ano muito importante de crescimento e amadurecimento”.  


As condições climáticas adversas exigiram uma coordenação técnica e estratégica de altíssimo nível. Mesmo diante de um cenário crítico, as ações resultaram em conquistas significativas, como a redução das áreas queimadas em várias regiões de atuação.


“Este ano foi um dos mais difíceis, com incêndios mais intensos, principalmente por causa da vegetação seca, com bastante vento e, em algumas situações, tivemos incêndio criminoso. Mas mesmo com todas as dificuldades tivemos um bom resultado”, reforça o subcomandante da Brigada, Luiz Junior da Silva Martins.


Avanços técnicos e reconhecimento

Entre os grandes resultados de 2024, a elaboração dos planos de Manejo Integrado do Fogo (MIF) se destacou como um marco para a Brigada Aliança. Esses planos consolidaram a corporação como protagonista na gestão estratégica do fogo no Brasil.


“Tivemos um amadurecimento em nosso posicionamento com os parceiros e na gestão do fogo. Hoje somos procurados para colaborar em discussões sobre planejamento estratégico dessas ações”, ressalta Caroline.


A integração entre equipes operacionais e de pesquisa e o diálogo constante com as comunidades foram fundamentais para os avanços. A sinergia resultou em planos tecnicamente sólidos e reconhecidos por sua profundidade, complexidade e eficácia.


Um exemplo emblemático foi o Parque Estadual de Terra Ronca, onde a área queimada foi reduzida de uma média acima de 15% para menos de 1,5%, mesmo em um ano de intensa seca. “Uma redução extremamente significativa e, sem dúvida, foi uma das grandes vitórias do ano”, comemorou a diretora geral da Aliança da Terra.


Temporada desafiadora

Embora não tenha sido a temporada mais difícil da história da Brigada, 2024 foi marcado por condições extremas que testaram a capacidade técnica e a liderança das equipes. Os parques estaduais de Pirineus, Serra Dourada e Altamiro de Moura Pacheco foram os que registraram mais ocorrências.


“Um dos incêndios mais difíceis que enfrentamos ocorreu no Parque Estadual Serra Dourada (PESD). É um parque com áreas de difícil acesso, com relevo acentuado, grotas e paredões rochosos que dificultam tanto o acesso para combate quanto o acesso da logística”, contou Martins.


Já outros parques, como Águas do Paraíso e Terra Ronca, permaneceram praticamente intactos graças à atuação estratégica da Brigada. “Historicamente, são parques que a gente tinha sempre muita ocorrência e que esse ano nós não tivemos ou tivemos situações em que a gente conseguiu atuar com impacto muito baixo”, destacou Caroline.


A colaboração com parceiros, como o ICMBio, também foi decisiva. No Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros, por exemplo, por meio da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Goiás (SEMAD), a Brigada contribuiu significativamente para conter os incêndios florestais.


Outro destaque foi o treinamento de lideranças realizado em fevereiro, comandado por John Carter, idealizador e fundador da Aliança da Terra e da Brigada Aliança, e Kelly Mahon, que fortaleceu a atuação das equipes.


“São pessoas extremamente capacitadas e com essa experiência na formação de equipes para atuar em regiões muito diversas. Sem dúvida, a formação dos nossos líderes foi fundamental para o sucesso que a gente teve esse ano”, disse a diretora da Aliança da Terra.


Olhando para o futuro

Ao refletir sobre as lições de 2024, Caroline enfatiza a importância de manter os valores e objetivos claros. “Mesmo diante de desafios, nosso norte esteve sempre claro, e isso tornou o caminho mais fácil. Crescemos com as dificuldades e estamos prontos para 2025”.


Com uma trajetória marcada por superação e inovação, a Brigada Aliança segue como exemplo de resiliência e profissionalismo na gestão do fogo, consolidando sua missão de proteger e preservar o meio ambiente.


“A gente não só sobreviveu às tribulações que a gente passou, mas a gente cresceu com elas. E hoje a gente realmente olha para frente e vê um horizonte cada vez maior para a Brigada Aliança e para a Aliança da Terra como um todo. Estamos prontos para os novos desafios”, conclui. 

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