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Brigada Aliança atua em incêndio na Chapada dos Veadeiros

Combates duraram mais de 13 dias e evitaram que incêndios se alastrassem para áreas estaduais de preservação em Goiás



A Chapada dos Veadeiros, no Nordeste de Goiás, é um Patrimônio Natural da Humanidade, reconhecido pela Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) desde o início dos anos 2000. A proteção da rica biodiversidade da região, com exemplares únicos de fauna e flora do Cerrado de altitude, é garantida por um parque nacional, e áreas de preservação estaduais, como o Parque Estadual de Águas do Paraíso e a Estação Ecológica de Nova Roma (ESEC CNR).


Não é raro, no entanto, que essas áreas sejam ameaçadas gravemente pelos incêndios. A série histórica aponta que em alguns anos a ocorrência de queimadas devastou quase que a totalidade das áreas protegidas locais. Este ano, o perigo voltou e a região foi cenário dos mais difíceis combates realizados pela Brigada Aliança até o momento.


“Foram mais de 13 dias de combates com, em alguns momentos, duas equipes da Brigada Aliança atuaram na região”, conta Caroline Nóbrega, gerente-geral da Aliança da Terra. “A primeira a atuar foi a equipe da base do Parque Estadual de Águas do Paraíso (PEAP), equipe da Brigada também responsável pela estação ecológica. Mas, devido à grande dificuldade para os combates, precisamos acionar outras equipes. Desta vez, quem enviou reforço foi o Parque Estadual de Serra de Caldas Novas (PESCaN)”. Além desses dois times, a Brigada Aliança possui bases permanentes em três outras unidades de conservação em Goiás, mantidas em parceria com a Secretaria Estadual do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Goiás (SEMAD-GO).


Diversos focos foram registrados no início do mês de agosto na região da Chapada dos Veadeiros. No início dos combates (dia 03/08), alguns deles foram detectados dentro da estação ecológica. Apesar de o fogo ter avançado em áreas de difícil acesso da estação ecológica, nossos guerreiros conseguiram evitar que esses focos atingissem maiores proporções e avançassem em direção ao parque nacional.

No dia 8 o fogo foi eliminado dentro da estação ecológica e as equipes retornaram para suas bases. Infelizmente, no dia seguinte novos focos foram detectados no parque nacional, avançando em direção à estação ecológica. Assim, a Brigada Aliança precisou retornar. Os guerreiros do fogo entraram em ação. Em alguns momentos combateram sós. Em outros, lado a lado com o Corpo de Bombeiros, ICMBio e/ou PrevFogo. ”Ao final, juntos, conseguimos evitar que os incêndios, que avançavam em direção à estação ecológica, se alastrassem ainda mais”, conta Caroline.


A vegetação extremamente seca e os ventos constantes faziam com que novos focos surgissem a todo instante. A topografia da região, com grandes desfiladeiros, dificultou ainda mais o trabalho de combate. “Em vários momentos, os brigadistas tiveram de fazer longos percursos a pé, carregando o equipamento de combate no meio da mata e em terreno montanhoso por mais de 10 quilômetros”, diz Caroline.


Os incêndios na região duraram até meados de agosto e consumiram uma área de cerca de, aproximadamente, 53% da Estação Ecológica. “Apesar de ser um dano bastante grande, é menos do que o registrado em anos anteriores, como em 2019, quando 70% da ESEC foi consumida pelo fogo, ou em 2015, quando, aproximadamente, 95% da vegetação foi perdida”.


A ação da Brigada Aliança tem sido bastante efetiva também nas outras áreas de atuação das equipes que atuam em Goiás. Segundo Caroline, até o momento, as equipes de Goiás já atuaram em 41 combates que, graças à resposta rápida e qualificada dos nossos guerreiros, não evoluíram para incêndios de maiores proporções.


“Nos dias 17 e 18 de agosto, só a equipe da base de Caldas Novas combateu 5 princípios de incêndio. Graças ao sistema de inteligência territorial e monitoramento utilizado pela Brigada Aliança e a resposta rápida da equipe, nenhum desses focos evoluiu para incêndios de grandes proporções ou mesmo adentraram o PESCaN, área focal, monitorada e protegida pela Brigada Aliança”.


A tendência para as próximas semanas é que teremos um aumento expressivo no risco de incêndios. O tempo muito seco, as altas temperaturas e os ventos fortes criam um ambiente muito propício para que qualquer fagulha se torne um incêndio de grandes proporções. É preciso ter ainda mais cuidado nessas situações já que uma simples queima de lixo pode evoluir para uma tragédia em poucos minutos.


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