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  • Foto do escritorDaiany Andrade

Apagar incêndios não basta, é preciso criar uma estratégia nacional de prevenção

Em entrevista, Caroline Nóbrega, diretora geral da Aliança da Terra, destaca a importância de um planejamento estratégico que envolva os governos e a iniciativa privada


De janeiro a setembro, o Brasil registrou mais de 200 mil focos de incêndios, segundo o Inpe

O Brasil enfrenta uma temporada de incêndios florestais sem precedentes, com focos espalhados por praticamente todas as regiões do país. Para Caroline Nóbrega, diretora geral da ONG Aliança da Terra, o cenário atual reforça a falta de preparo de diversas frentes no enfrentamento ao fogo.


“Nós temos um governo que não está conseguindo responder a situação que a gente tem em campo, mas também uma iniciativa privada e produtores que também estão absolutamente perdidos”, disse ela.


Um dos principais projetos da Aliança da Terra, a Brigada Aliança atua na prevenção e combate aos incêndios florestais em áreas de conservação e privadas. Segundo Nóbrega, os resultados são expressivos, com reduções de até 99% nas áreas queimadas em regiões do Pantanal, e de até 90% em Unidades de Conservação de Goiás.


Ela também enfatiza que a melhor estratégia é investir em prevenção, citando estudos internacionais. “Nos Estados Unidos, estima-se que para cada dólar investido em prevenção, economizam-se 17 dólares em combate e prejuízos causados pelo fogo”.


A diretora também pontuou a importância de se valorizar e capacitar os brigadistas. “Não é justo que esses profissionais, depois de se dedicarem tanto, eles precisem ser desligados e ficarem desempregados na época da chuva. Até porque, na época da chuva, nós temos muito que precisa ser feito em termos de prevenção”.


Para ela, a criação de uma estratégia nacional de prevenção e combate aos incêndios florestais é essencial e precisa envolver tanto o governo quanto a iniciativa privada. “Essa estratégia nacional precisa passar por incentivos e apoio dos governos, governo federal, governos estaduais, precisa passar pela iniciativa privada e precisa chegar até ali na ponta, no produtor rural”.  Confira a seguir a entrevista completa.


Em primeiro lugar, qual a avaliação geral que você faz da conjuntura atual, com o enfrentamento a incêndios em praticamente em todas as regiões do Brasil? O que esse cenário nos mostra?


A atual situação do enfrentamento aos incêndios florestais no Brasil nos mostra que, de forma clara e inequívoca, nós não estávamos preparados para enfrentar esses incêndios quanto sociedade.


Nós temos um governo que não está conseguindo responder a situação que a gente tem em campo, mas também uma iniciativa privada, produtores, empresas que também estão absolutamente perdidos.


E talvez uma questão mais preocupante dessa falta de estruturas de preparação é que todos os elementos de aviso e indícios de que nós teríamos sim uma temporada de incêndios muito difícil, muito seca e muito quente, já estavam dados.


A situação que a gente tem vivido hoje, ela ainda é reflexo do El Niño que nós tivemos ano passado, no segundo semestre e início deste ano. Com esse El Niño, não choveu quando deveria ter chovido. Então, nós tínhamos todos os indícios no próprio campo de uma vegetação muito seca, mas também todos os dados da redução das chuvas.


Então, é preocupante essa percepção de que, mesmo com todos os indicadores, nós não fomos capazes, como sociedade, de nos preparar para essa situação de risco iminente.


O que a experiência da Brigada Aliança mostra que poderia ter sido feito para evitar a situação trágica atual?


A experiência da Brigada Aliança nos mostra que existe muito o que pode ser feito e que é possível. Eu acho que talvez a principal contribuição que a Brigada Aliança tem dado hoje é mostrar que sim, existem formas de atuar que podem reduzir significativamente os impactos do fogo na vegetação, nas vegetações naturais e também nos sistemas produtivos. 


Mas tem também uma experiência muito importante da Brigada Aliança, que é dizer que não é qualquer tipo de intervenção que vai me dar uma resposta satisfatória. Então, a gente precisa medir, precisa avaliar o trabalho que é feito anualmente. E a gente só consegue fazer isso, se a gente trabalhar com planejamento, com informação.


Para onde estão indo os investimentos? Quanto foi investido em cada área que hoje a gente tem esses incêndios? Qual é o retorno disso? Então, a gente precisa ter esse planejamento, a gente precisa ter intervenção, mas a gente precisa também depois ter essa avaliação.


E eu acho que o Brasil tem pecado em muitos desses aspectos. Mas, sem dúvida, o que a Brigada Aliança hoje nos mostra? Que com planejamento, com equipes bem equipadas e capacitadas e bem-posicionadas, com implementação de ações de prevenção, a gente consegue chegar em resultados muito expressivos de redução de área queimada.


No Pantanal, nas áreas privadas, a gente teve, em algumas regiões, redução de 99% de área queimada. Então, em Unidades de Conservação, que a gente tem atuado aqui no estado de Goiás há mais de 3 anos, temos UCs que a redução de área queimada também foi superior a 80%, em algumas áreas superior a 90%.


Então, nós sempre vamos ter que lidar com algum nível de fogo, mas esses grandes incêndios, nós não precisamos ter que lidar com eles. Eles deveriam ser a exceção e não a regra.


Caroline Nóbrega, diretora geral da Aliança da Terra

O Brasil acaba gastando mais em operações de controle de grandes incêndios do que em ações preventivas. Você acredita que uma mudança de foco, investindo mais em prevenção e detecção precoce, poderia trazer melhores resultados tanto em termos econômicos quanto ambientais?


Existe um estudo do grupo de pesquisa do Serviço Florestal Americano, dizendo que para cada 1 dólar investido em ação de prevenção, economiza-se 17 dólares em termos de combate e prejuízos causados pelo fogo.


Existem outros estudos feitos para outros países que indicam, dependendo da ação que está sendo realizada, que essa economia poderia ser de 2 a até 20 vezes.


Eu acho que algo que é muito interessante desses estudos é demonstrar que essa relação 1 para 17, como no caso lá dos Estados Unidos, ela não é fixa, o que indica que, sim, a gente precisa pensar em ações de prevenção, mas a gente precisa pensar em ações de prevenção efetivas, a gente precisa medir o que está sendo feito, quais ações estão sendo realizadas.


Às vezes, a gente fica muito na ordem, vamos fazer uma palestra, vamos fazer uma capacitação, mas a gente não está medindo depois. Então, não há dúvidas de que as ações de prevenção precisam ser realizadas, mas elas precisam ser realizadas de forma planejada, elas precisam ser pensadas de forma estratégica e, principalmente, a gente precisa medir. E a gente precisa medir como? Em termos de redução de área queimada.


Na Brigada Aliança, a gente demonstra que isso é possível de ser feito. As regiões em que a gente atua, nós temos redução consistente na área queimada e a redução dos prejuízos é inequívoca.


Mas por que funciona? Porque a gente está trabalhando com prevenção, com capacitação, com estratégia e com pesquisa e desenvolvimento.


Precisa ter detecção precoce e a gente precisa estar medindo o que está sendo feito. Na Brigada Aliança, a gente tem trabalhado com todos esses pilares e os resultados são incontestáveis. Temos validação, inclusive, em periódico internacional. Além da validação científica, também contamos com o reconhecimento do próprio Serviço Florestal Americano, que conhece a qualidade e efetividade do nosso trabalho.


Na sua opinião, falta valorização do trabalho do brigadista e também melhor capacitação para esse profissional?


Sim, o Brasil precisa lidar com essas ações preventivas e precisa valorizar esses profissionais que estão ali trabalhando em campo. Infelizmente, a gente ainda lida com incêndios florestais, muitas vezes desvalorizando esses profissionais.


Então, são profissionais que vão ser contratados de forma temporária para ganhar um salário mínimo ou, às vezes, nem a profissionalização a gente tem. Tem o incentivo para o voluntariado, que é importante, mas a gente não pode basear um tema tão complexo e tão grave para o país, que é o enfrentamento ao fogo, em cima de trabalho voluntário. Sim, o voluntariado é importante, mas não podemos romantizar.


Uma das questões que a gente vai precisar lidar, e a gente tem tentado trabalhar com isso dentro da Brigada Aliança, é valorizar esses profissionais em termos financeiros e em termos de capacitação.


Não é justo que esses profissionais, depois de se dedicarem tanto, eles precisem ser desligados e ficarem desempregados na época da chuva. Até porque, na época da chuva, nós temos muito que precisa ser feito em termos de prevenção.


Eu acho que talvez o primeiro paradigma que a gente precisa quebrar é que o brigadista não deveria ser temporário, ele deveria ser permanente, assumindo que nós precisamos pensar em ações de prevenção.


Quando a gente tem grande parte dos brigadistas no Brasil atuando de forma temporária, isso já nos demonstra, de forma muito clara, que a gente não está pensando em prevenção, não está pensando em planejamento na época anterior ao período crítico.


A própria atuação da Brigada Aliança comprova que incêndios identificados rapidamente podem ser controlados com maior eficiência. Quais são as barreiras para a resposta rápida no Brasil? Que tipo de infraestrutura e comunicação seria necessária para otimizar essa resposta?


As principais barreiras para a resposta rápida no Brasil é a falta realmente de capacitação, é a falta de equipes. Não adianta a gente ter muitas equipes treinadas, equipadas, prontas para atuação, se elas não estão nas regiões em que elas deveriam estar. A gente precisa planejar e posicionar essas equipes no lugar correto, e elas precisam estar adequadamente orientadas.


O que, às vezes, acontece é que a gente tem, numa região, uma equipe que está posicionada ali, mas ela só vai atuar dentro da unidade de conservação. Então, se está queimando tudo em volta, muitas vezes, ela não pode nem dar essa resposta no entorno. Então, a gente precisa planejar e pensar, de forma antecipada, como vai ser essa resposta.


Essas equipes precisam saber o que elas vão fazer, então, elas precisam ser muito capacitadas para atuar sem precisar de nenhum tipo de orientação. Na Brigada Aliança, a gente trabalha dessa forma. As equipes, elas trabalham de forma autônoma, elas estão em comunicação constante com a base, mas cada uma ali sabe exatamente o que fazer em uma situação de emergência. Essas equipes, elas são muito capacitadas para elas mesmas estarem fazendo avaliação de satélite e estarem fazendo essa resposta.


Outra questão, quando a gente fala em capacitação de equipes, no Brasil, a gente, muitas vezes, não trabalha com uma capacitação em termos de equipamento de uma forma que poderia ser feita. Quantos por cento das equipes no Brasil que estão atuando hoje conseguem fazer uso de um drone? Para pilotar um drone, precisa ter um treinamento a capacitação específica.


Um drone ajuda muito em combate, mas, infelizmente, o que a gente tem, às vezes, é um drone que fica na mão de poucas pessoas e que não necessariamente essas pessoas estão nas ações. Existe muito em termos de estrutura que poderia ser feito para otimizar essas respostas, mas, principalmente, qual a estrutura que precisa ser pensada, aí a gente tem que dialogar com o campo, a gente precisa dialogar com o brigadista que está lá na ponta.


Um combate que a gente vai realizar no Pantanal, no Cerrado, na Amazônia, eles acontecem em condições e restrições muito diferentes.


Então, a gente precisa pensar, sim, localmente e nós precisamos muito melhorar a estrutura de equipes e disposição de equipes, como a gente posiciona essas equipes no ambiente em termos de equipamentos. Então, drone, soprador, bomba costal. Hoje, às vezes, a gente ainda vê muitas imagens de pessoal que está combatendo fogo com abafador.


Abafador, ele já é um equipamento mais defasado, que a gente usa em situações muito específicas, mas, no geral, a gente tem sopradores hoje que são infinitamente mais eficientes e geram menos desgaste físico. A gente costuma dizer que o homem com soprador, ele consegue desempenhar o papel de 4-5 pessoas com abafadores. Então, a gente precisa também pensar nessa melhoria.


Você enfatiza bastante a importância do posicionamento e distribuição das equipes. Por que esse ponto é tão importante?


Quando eu falo sobre posicionamento de equipes, a resposta rápida, ela é essencial. Então, a gente perde hoje muito tempo no Brasil em termos, primeiro, o satélite está ali monitorando esse fogo, mas não tem ninguém olhando esse satélite e dizendo, esse fogo a gente precisa combater, vamos deslocar.


Muitas vezes, essa resposta de deslocamento, ela acontece quando esse fogo cresce muito e passa a chamar a atenção das autoridades locais e muitas vezes, quando chama a atenção, a gente não tem equipe para responder.


Então, você vai ter que deslocar uma equipe que está em outra região e, às vezes, vai demorar seis, oito horas. Quando a equipe demora seis, oito horas para chegar no incêndio, significa que ela já chegou cansada, porque ela já precisou ficar seis, oito horas no carro. E até iniciar combate, às vezes, você já tem um incêndio que está queimando há um, dois dias e aí são quilômetros de linha de fogo que essa equipe vai precisar percorrer para poder eliminar essas chamas. Então, o posicionamento correto dessas equipes e pensar de forma estratégica é importantíssimo.

 

Atualmente, os produtores rurais não têm acesso a mecanismos de incentivo financeiro para preparar suas propriedades contra incêndios. Qual seria o impacto de políticas de crédito subsidiado para esses produtores, visando a prevenção e a resposta rápida ao fogo?


Quando a gente assiste pela televisão a esses grandes incêndios, é muito comum um julgamento de quem está de longe, pensando e dizendo “se está queimando é porque alguém colocou fogo”.


Esse tipo de julgamento, ele desconsidera que uma parte significativa dos incêndios que a gente tem hoje, eles são acidentais, muitas vezes eles são não intencionais e não necessariamente, quando é intencional, ele é realizado por aquele produtor ou por aquela comunidade que está ali. Então, a gente tem realmente um desamparo muito grande no campo.


É muito comum a gente que está à frente, eu que estou à frente da Brigada Aliança, ouvir dos produtores rurais uma dor muito grande em relação aos incêndios, a todos os prejuízos que vieram, a todos os danos que foram causados e uma sensação até de impotência em relação ao que poderia ser feito.


Nesse momento, a quantidade de pedido de socorro que chegou para a gente dos próprios produtores, de diferentes regiões do país, Mato Grosso, Goiás, Minas, São Paulo, muitas vezes chegavam pedidos de socorro do tipo: “está queimando minha propriedade ou o fogo já está no vizinho, está chegando aqui, me ajuda.”  


Infelizmente, em muitos desses pedidos de ajuda, a gente não conseguiu atender simplesmente porque as equipes que a gente tinha já estavam atuando em outras áreas e não podiam deixar as áreas para as quais elas foram formadas, essas equipes foram implantadas para poder atuar apenas onde estão.


Então, existe muito pedido de ajuda neste momento que vem do campo. Para a gente fica claro que a maior parte desses produtores, principalmente produtores que já têm áreas estabelecidas, eles não sabem o que fazer. Existe sim uma falta de apoio e de investimento financeiro, uma falta de investimento para apoiar esses produtores.


A gente tem que considerar que em muitos momentos são pequenos, são médios produtores, que estão vindo de uma quebra de safra, que têm diversas outras preocupações e que estão ali realmente tentando se manter minimamente no azul. E aí a gente tem essa questão dos incêndios.


Eu não estou tirando a responsabilidade dos produtores. Produtores rurais podem e devem trabalhar na estrutura das suas propriedades para estar prontos para lidar com esse fogo, mas a gente precisa reconhecer também que esse investimento que é feito nas suas propriedades para reduzir o risco de fogo, ele traz um retorno para toda a sociedade.


A gente deveria pensar em mecanismos de subsídio para apoiar esses produtores, para facilitar com que eles possam se preparar, treinar funcionários e aí sim conseguir fazer uma resposta efetiva. A gente tem ainda mecanismos muito ineficientes, às vezes até pedindo apoio pelo poder público sem nenhum retorno.


Hoje a gente ainda tem um poder público com os olhares muito voltados para as unidades de conservação e para as terras indígenas. A gente precisa ter um pouco mais de atenção para a iniciativa privada de uma forma com uma pauta positiva e não simplesmente com a pauta de comando e controle.


A criação de uma estratégia nacional de prevenção e combate a incêndios florestais no Brasil precisa ser discutida. Na sua opinião, quais são os principais obstáculos para sua efetiva construção e implementação?


Nós precisamos de uma estratégia nacional que dialogue com a iniciativa privada. Nós precisamos cobrar também a iniciativa privada. Não é justo que toda essa cobrança esteja só em cima dos produtores rurais.


Empresas também precisam assumir parte dessa responsabilidade. Em uma época em que a gente discute tanto o ESG, não é possível que as empresas simplesmente lavem as mãos dizendo “o meu problema é só da porteira para fora”. Existe uma cadeia produtiva, e aí a gente precisa considerar isso em diferentes níveis.


Essa estratégia nacional precisa passar por incentivos e apoio dos governos, governo federal, governos estaduais, precisa passar pela iniciativa privada e precisa chegar até ali na ponta, no produtor rural.


Hoje, a gente ainda tem os olhares do poder público muito voltados para Unidades de Conservação, algumas áreas indígenas e algumas áreas especiais. E a gente consegue dizer isso simplesmente olhando onde estão as brigadas no Brasil hoje.


Não são todas as Unidades de Conservação que têm brigada, não são todas as terras indígenas que estão recebendo recurso e equipando anualmente.


E, principalmente, nas áreas privadas, a gente tem de forma muito comum uma ausência do poder público. Quando o produtor rural pede apoio do poder público, ele não tem um retorno, mas muitas vezes chega à multa ambiental.


A gente precisa pensar em um comando e controle que funcionem, que a gente consiga identificar de forma efetiva de onde está vindo o incêndio criminoso e a gente precisa identificar essas pessoas. No Brasil, hoje, a gente não tem essa identificação. Então, é uma quantidade ínfima de incêndios em que a gente chega em quem colocou fogo e aplica a multa e essa multa é paga.


A gente precisa, primeiro, de um sistema de comando e controle que funcione, mas a gente precisa sair também do modelo comando e controle, reconhecer que o fogo, quando interessa, interessa para muito pouca gente, interessa para o grileiro, mas não interessa para o produtor rural e dar subsídios para que esse produtor consiga estar preparado e lidar com o fogo.


Como que a gente cria esses mecanismos de incentivo? Aí a gente precisa ter uma discussão e um planejamento de uma estratégia nacional. Mas eu repito, essa estratégia nacional só vai ser efetiva quando a gente reconhecer que o fogo não respeita a cerca.


A gente precisa trabalhar de forma integrada, considerando unidades de conservação, áreas indígenas, áreas públicas, inclusive as não destinadas, mas também as áreas privadas. A gente precisa trabalhar lado a lado e de forma integrada.

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