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Agrobrigadas comandam combate ao fogo no Pantanal

Em parceria com a JBS Friboi, cinco equipes da Brigada Aliança atuam em mais de 2 milhões de hectares na região



Uma simples ligação ou mensagem por aplicativo dá o alerta para a equipe de Osmano Santos, chefe do Comando de Operações do Pantanal, em Anastácio (MS): um incêndio se inicia em uma das propriedades cadastradas com pela parceria entre a JBS-Friboi e a Brigada Aliança. A partir de então, o time se mobiliza. Antes de se deslocar, verifica, por imagens de satélite, a proporção das chamas e a região onde elas estão. E, a partir das informações da fazenda, tem uma noção de quais equipamentos estão disponíveis no local para o combate, se há funcionários treinados, e quais métodos de prevenção a fazenda tem.



Equipe de Anastácio, com o comandante Santos à frente


Armada com o plano de combate, a equipe se desloca até o foco de incêndio. Se for durante o dia, faz o reconhecimento da área por via aérea, através de drones, ou via terrestre. “É muito importante ter funcionários da fazenda e o dono nos acompanhando no combate. Além de ajudar na ação, eles auxiliam nas estratégias e nas decisões, porque conhecem a área, e isso ajuda a montar o plano de combate”, conta Santos. Boa parte deles já foi treinada pela Brigada Aliança para que tenham a habilidade e capacitação para o primeiro combate nos princípios de fogo, até que a equipe de brigadistas se desloque até o local.


Nos últimos dois meses, essa rotina se tornou frequente em Anastácio e em outras quatro bases das agrobrigadas criadas este ano em parceria entre a Friboi e a Brigada Aliança no Pantanal - as outras quatro estão sediadas nos municípios de Pedra Preta, Poconé, Araputanga e Cáceres, todos no Mato Grosso. Cada uma conta com cinco brigadistas. “Mas quando somamos o pessoal das fazendas, temos um exército conosco”, afirma Caroline Nóbrega, gerente-geral da Aliança da Terra.


Até o final de agosto, 159 fazendas já estavam cadastradas no projeto. Seja dentro delas, sejam em áreas vizinhas, as agrobrigadas combateram 35 incêndios em julho e agosto, somando mais de 23 mil horas/homem em ação. No total, mais de 2 milhões de hectares estão na área de abrangência das equipes.


Trabalho de rescaldo na região de Araputanga


Incêndio Subterrâneo


Quando vai a campo, a Brigada tem sempre o mesmo objetivo: contenção, combate e rescaldo. Parece simples em teoria, mas não na prática, como explica Santos. “O comportamento do incêndio depende do bioma, vento, vegetação, acúmulo de vegetação subterrânea, temperatura e umidade. No Pantanal, a temperatura é, em média, de 40 graus, o que torna o incêndio mais agressivo - mais difícil de ser controlado.”


Além das chamas visíveis, que podem chegar a grandes alturas dependendo da vegetação, outro tipo de incêndio que a Brigada Aliança combate é o subterrâneo. Este é, por vezes, invisível, o que pode causar uma falsa confiança ao final do trabalho. Para que isso não aconteça, Santos explica que é necessário observar se há fumaça saindo do chão, ou, na ausência de provas visíveis, observar a temperatura do solo.



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